Seca – A culpa é de quem?

Seca – A culpa é de quem?

No último mês de setembro, durante uma breve passagem por Cachoeiro de Itapemirim, sul do Espírito Santo, andei por cerca de duas horas na avenida Beira Rio, que corta o centro da cidade.

Vendo o rio Itapemirim muito abaixo do seu nível normal, com esgoto caindo diretamente em suas águas, lixo para todo lado, muito mato e cavalos pastando onde antes passavam corredeiras, fiquei pensando até quando vamos lidar com a água desta maneira? Até quando os rios poluídos serão mera paisagem dentro das cidades? Até quando as autoridades vão ficar torcendo pela chuva e pedindo para a população economizar água, tentando, assim, evitar o racionamento?

Na minha opinião, é urgente um plano para recuperação dos rios, de suas nascentes e de suas margens, juntamente com um plano de saneamento básico e tratamento do esgoto com metas claras de curto, médio e longo prazos. Estimular o aproveitamento de água da chuva, reduzir impostos para produtos que sejam mais econômicos no gasto de água, (torneiras, sanitários, chuveiros etc). Educação para o uso correto e punição rigorosa para o desperdício também são bem-vindos.

Claro que o uso racional da água por parte de todos, residências, indústrias, comércios e órgãos públicos, são de fundamental importância, mas cabe aos nossos governantes assumirem essa responsabilidade nas escalas municipal, estadual ou federal.

Ações como o projeto Reflorestar, de recuperação e proteção de nascentes, e a construção de novas barragens são passos importantes dados pelo governo do Espírito Santo, mas claramente insuficientes diante do tamanho do problema que temos.

Devido à estiagem, a Grande Vitória passa por racionamento e, agora, talvez, se as pessoas sentirem a falta da água em suas torneiras vão começar a perceber a gravidade da situação e passar a cobrar providências mais efetivas para evitar que isso se torne uma rotina.

Faça um exercício: ao andar pelas margens dos rios no Espírito Santo, ou em qualquer outro lugar, observe como estão suas margens. Veja se tem esgoto caindo diretamente em suas águas, se está assoreado, se tem lixo como garrafas plásticas, latas de alumínio, sofá, máquina de lavar, carcaça de carro, e tudo mais. Infelizmente, esse será o cenário da maioria dos rios.

E esse rio em estado deplorável poderia fornecer água limpa para sua família e muitas outras. Mas o que acontece na realidade, é que essa água suja, insalubre, é a mesma que vai chegar na sua torneira depois de passar por um tratamento cada vez mais forte para que volte a ser “potável” novamente.

A culpa? Ah, essa é de todos nós que permitirmos que isso tudo acontecesse até então. Mas a hora de mudar é agora, mudar de atitude em relação aos nossos mananciais que são fundamentais para nossa sobrevivência.

Texto e fotos: Gabriel Lordêllo/Mosaico Imagem

 

Seca, lixo, esgoto e abandono no rio Itapemirim.

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Rio Itapemirim_014

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